SOBRE O KULA
​Tornado mundialmente conhecido pelo livro homônimo do antropólogo Bronislaw Malinowski, o Kula é um sistema de trocas entre 18 diferentes comunidades Massim localizadas nas ilhas Trobriand, no norte ao leste da Nova Guiné.
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Segundo Malinowski, os participantes do Kula viajavam transportando os vaigua'a (objetos de valor). Entre esses, havia colares de conchas vermelhas chamados soulava e braceletes feitos de conchas brancas chamados mwali, os quais eram trocados entre os povos. Aquele que recebe um colar soulava, estava obrigado a corresponder com um bracelete mwalli e vice-versa.
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O antropólogo entendia que acima do valor estético e advindo do trabalho empregado na confecção dos objetos, essa troca produz a oportunidade de se estabelecer relações sociais e ganhar prestígio social. Os costumes e tradições que acompanham esta troca de presentes são cuidadosamente pré-escritos no sistema cultural das pessoas nele envolvidas, especialmente no que diz respeito às relações doador–receptor/receptor-doador. A aliança de doações implica relações de correspondência, hospitalidade, proteção e assistência mútua.
Nesse sentido, a Revista Kula surge como uma iniciativa do CeUPES em 2011, com o objetivo de ser um espaço de trocas entre os estudantes de ciências sociais, onde todos possam se expressar livremente, constituindo-se como um instrumento para a circulação de ideias entre os discentes do curso. Além das seções fixas - Antropologia; Sociologia; Política; Educação; Cultura e Arte -, todo mês a revista terá uma seção temática cujo tema será decidido em Reuniões Abertas mensais em conjunto com o corpo estudantil.
Os artigos, contos, poemas, imagens, resenhas ou quadrinhos não necessariamente exprimem as opiniões do CeUPES, sendo expressamente proibidas quaisquer formas de opressão, violência ou preconceito.